Diferença entre produto e serviço: Você sabe? Entenda aqui

Diferença entre produto e serviço: Você sabe? Entenda aqui

Os pequenos negócios comerciais podem se confundir com empresas prestadoras de serviços. Por isso, para não existir confusão nas definições, é importante compreender as características e a diferença entre serviços e pequenos comércios. Dessa forma, o empreendedor conseguirá escolher a atividade correta que corresponde ao tipo de empresa que deseja abrir.

Diferenças entre vender produtos e serviços

Toda empresa vende um produto, seja ele físico e na forma de um serviço. Entretanto, nos dois tipos de negócio, o relacionamento com o cliente é um fator importante para alcançarem o sucesso. O pequeno negócio depende do fato da experiência do cliente ser positiva. Por isso, a padronização do atendimento pode se tornar algo complexo e que irá demandar tempo do empreendedor. 

Quando analisamos empresas baseadas em produtos, é possível dizer que os produtos serão os mesmos para todos os clientes. Logo, a experiência do cliente tende a ser mais previsível. Ademais, há outras diferenças entre serviços e pequenos comércios de produtos. 

Público alvo

O público-alvo de prestação de serviços e pequenos comércios costumam ser diferentes entre si. Empresas que comercializam produtos podem vender e anunciar para todo o país, enquanto empresas prestadoras de serviços tendem a ter um público-alvo mais local.

Devido às mudanças causadas pela pandemia de Covid-19, alguns prestadores de serviços conseguem realizar atendimento on-line. Mesmo assim, a prestação de serviço ainda busca atingir um público-alvo específico de um bairro, região ou cidade. Um cabeleireiro costuma atender clientes de uma região próxima a seu local de atendimento, enquanto um lojas de roupas podem vender para todo o Brasil através de um e-commerce. 

Dessa forma, as estratégias de atuação de serviços e pequenos comércios serão diferentes, para que assim, consigam atingir o mercado que almejam.

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Marketing

As estratégias de marketing tendem a ser muito diferentes entre empresas de produtos e serviços. Empresas baseadas em produtos costumam investir para divulgar a marca para diferenciá-la de outros com características similares. Logo, o marketing pode vir a alcançar uma região ou até o país inteiro.

Já as empresas de serviço preferem investir mais em marketing direto para clientes em potencial de uma área específica. Este tipo de negócio costuma ter como foco a experiência do cliente e a sua satisfação. Assim, a empresa busca a oportunidade de se destacar para fidelizar seus consumidores.

Estratégias de planos e negócios

Quanto ao plano de negócios, empresas de produtos têm como foco a construção da reputação da marca. Dessa forma, a empresa consegue melhorar seu posicionamento no mercado e, consequentemente, vender cada vez mais. Já as empresas de serviços têm como foco o aumento da receita. Neste caso, o posicionamento de mercado não tem tanta importância. 

No processo de vendas, também há diferença entre serviços e pequenos negócios. As empresas de produto costumam ter resposta mais rápida, pois o cliente tende a tomar decisões de compra mais rapidamente. Entretanto, essa decisão de compra pode variar dependendo do produto comercializado. A decisão por comprar imóveis e carros têm um processo mais longo do que decidir por comprar roupas, itens de supermercado, entre outros. 

As empresas de serviço podem exigir negociações e contratos com o cliente. Logo, o processo de venda poderá durar mais tempo. Neste caso, o tipo de serviço também tem influência no tempo da decisão de compra. Um pacote de viagem demanda um processo de venda mais longo do que um serviço de corte de cabelo. 

Medir e precificar

Produtos e serviços também possuem formas diferentes de medir e precificar. Os produtos podem ser medidos através de medidas de massa, tamanho ou volume. Já os serviços podem ser medidos através de unidades de tempo como diárias ou horas trabalhadas, ou pelo esforço que o profissional ou a empresa terão para executar a atividade oferecida. 

Estes fatores citados acima devem ser levados em consideração na hora de precificar um produto e serviço. Dessa forma, o valor ficará justo para quem está pagando e para quem está recebendo.

Perecibilidade

Enquanto produtos são armazenados em estoque, ocupam espaços, precisam circular no mercado e possuem prazo de validade, os serviços não funcionam sob a mesma lógica. No caso dos serviços, eles praticamente não possuem perecibilidade, pois este é prestado e consumido de forma simultânea. Sendo assim, o serviço é consumido por alguém na mesma hora em que está sendo produzido 

Tributação

A questão tributária também se diferencia entre produtos e serviços. Há impostos específicos para ambos. Por isso, o empreendedor deve ficar atento sobre cada imposto. Assim, é possível definir qual tipo de empresa compensa mais tanto no financeiro quanto na questão tributária.

Por exemplo, o Imposto Sobre Serviço – ISS incide somente sobre empresas prestadoras de serviços. Este imposto é cobrado em âmbito exclusivamente municipal. Já o Imposto sobre Produtos Industriais – IPI é praticado sobre empresas que fazem parte do setor industrial. Ainda há o Imposto sobre Circulação de Mercadorias – ICMS que incide sobre empresas que oferecem produtos, sobre  prestação de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e comunicação. 

Qual a diferença entre produtos e serviços de uma empresa no ponto de vista gerencial? 

Como fazer análise do novo negócio?

Sempre há um risco em abrir um novo negócio, pois sempre é necessário um investimento inicial. Muitas empresas fecham em menos de dois anos de atividade. Isso acontece, principalmente, devido à falta de planejamento, gestão e a dificuldade de atingir os resultados e metas esperadas desde o momento da abertura da empresa. Por isso, o estudo de viabilidade do negócio se torna fundamental para atuar estrategicamente e para lidar com situações inesperadas. 

Todos os fatores que envolvem o início de um negócio devem estar presentes neste estudo de viabilidade. Assim, será possível entender e planejar o novo negócio para o futuro.

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Passo a passo

1. Verificar a necessidade do negócio

Este tipo de estudo é importante para obter informações suficientes para medir o real potencial de retorno de investimento. A verificação de necessidade de um negócio é fundamental sempre que se pretende lançar um novo produto, atingir um novo público ou ampliar a área de atuação da empresa. Ou seja, toda vez que surgir a ideia de lançar um novo projeto.

Assim, será possível avaliar se os fundamentos elaborados são válidos. Em resumo, este tipo de estudo será usado para entender se uma grande ideia realmente poderá se tornar lucrativa  e real para o mercado, além de trazer o retorno esperado.

2. Reúna informações

Cada negócio possui uma expectativa de retorno diferente. Por exemplo, uma loja online e uma empresa de serviços de comunicação possuem mercados diferentes com características e rendimentos próprios. Logo, a pesquisa de mercado é uma etapa fundamental para perceber e entender qual será a rentabilidade do negócio no contexto atual. 

Também é importante definir o público-alvo e pesquisar como conseguir atingi-lo. 

3. Projete as receitas

Através das análises realizadas anteriormente, será possível projetar as receitas e estabelecer a expectativa de retorno do novo negócio. Esta expectativa irá variar de acordo com o tipo do negócio. Por exemplo, se o novo negócio for uma camiseteria, provavelmente, poderá ser estabelecido um horizonte de dois a quatro anos. Entretanto, se o produto for algo mais elaborado, o retorno poderá precisar de um prazo maior.

Este estudo envolve, principalmente, para a projeção de metas do novo negócio, como o público-alvo, taxas de conversão, vendas, definição de faturamento, entre outras.

4. Calcule os custos 

A projeção de receitas é realizada, basicamente, através de estimativas. Quanto aos custos, é  possível diminuir o grau de elasticidade de elasticidade neste tipo de projeção. Isto acontece porque há os custos fixos e variáveis, sendo que os primeiros são mais fáceis de serem avaliados. Os custos fixos envolvem custos como aluguel e o número de funcionários que serão necessários para o novo negócio.

Já os custos variáveis estão relacionados à produtividade. Este custo envolve perguntas como:

  • Para atingir a meta estabelecida anteriormente na projeção de receita, quantos produtos precisam ser elaborados?
  • Será necessário pagar quanto de comissão para os vendedores?
  • Qual montante do faturamento bruto será descontado de impostos?

As análises dos custos fixos e variáveis são fundamentais para descobrir se o negócio é viável, se há uma taxa de rentabilidade e se a lucratividade será alta.

Aprenda por que e como fazer a análise de viabilidade de um negócio

Como mudar de ramo e começar um novo negócio? 

Geralmente, alguns dos fatores que levam empreendedores a cogitar uma mudança de ramo são a forte concorrência, endividamento, dificuldades no setor e falta de inspiração. Porém, esta decisão não pode ser tomada de forma impulsiva, pois a falta de conhecimento no novo ramo pode resultar em escolhas equivocadas.

Logo, como saber quando se deve mudar o modelo de negócio da sua empresa? Em primeiro lugar, é importante que o empreendedor esteja atento aos cenários de mercado, planejar e se informar sobre novas tendências. 

As variáveis internas e externas devem ser levadas em consideração, como também, as questões pessoais e empresariais, vendas em queda, reclamações em excesso, falhas, devoluções de produtos, alta rotatividade de funcionários, produtividade em baixa, falta de propósito entre outras questões. Todos estes fatores devem nortear a decisão do empreendedor de mudar de ramo.

Além disso, é recomendável que o empreendedor faça uma orientação profissional e uma consultoria com um contador para levantar dados que podem passar despercebidos. Quanto às dívidas do negócio atual, é preciso avaliar a situação financeira empresarial e pessoal antes de encerrar as atividades. 

Cada situação tem suas especificidades. A melhor alternativa poderá ser buscar um recurso societário e somar esta força de trabalho. Porém, se for um negócio inovador que demanda tecnologia, o ideal seria buscar um investidor. Ainda assim, a dica que vale para todo empreendedor é que ele una suas afinidades com uma boa oportunidade de negócio. 

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Qual negócio é mais rentável?

Os tipos de negócio que estarão em alta para o ano de 2021 são reflexos das mudanças profundas que ocorrem em 2020 devido à pandemia de Covid-19. O mundo ainda vive em um cenário de recessão global. Mesmo que, aparentemente, existam sinais de um pós pandemia no horizonte, o futuro ainda é incerto.

Ainda assim, durante as crises podem surgir novas oportunidades. Desta forma, o empreendedor que entender as novas necessidades do consumidor poderá sair na frente no próximo ano.

11 negócios em alta para investir em 2021

Já era algo previsto, mas os negócios em alta para 2021 devem envolver setores como tecnologia, delivery e vida saudável, uma resposta direta aos hábitos de consumo pós-pandemia.

1. E-commerce de Informática

Devido ao aumento do número de pessoas que trabalham em casa, aumentou a procura por computadores e notebooks. O setor de e-commerce, por exemplo, teve um aumento de 50% no valor médio de compra dos clientes e um crescimento de 101% no faturamento a partir do segundo trimestre de 2020. 

2. Desenvolvimentos de games mobile

O setor mobile faturou R$ 402,5 bilhões, downloads, especialmente o de jogos em para celular em 2020. Logo, o desenvolvimento de jogos mobile é um negócio que deve continuar crescendo em 2021.

Todos os aplicativos podem funcionar para Android, a partir do Google Play, iOS, na Apple Store ou até mesmo Windows Phone Store. Para isso, o desenvolvedor precisa se registrar pagar uma taxa única para publicar e vender o aplicativo (se for o caso). 

3. Comércio de Wearables (acessórios)

As vendas de wearables (vestíveis) cresceram 265% no primeiro trimestre de 2020, alcançando um faturamento de R$ 438 milhões, segundo dados do IDC publicados na Mobile Time. Entre os mais vendidos estão smartwatches e fitbands. O crescimento do segmento foi impulsionado, em especial, pela Geração Z (nascidos entre 1992 e 2010), que usam as pulseiras para registrar batimentos cardíacos,  analisar a velocidade de corridas ou simplesmente como assistentes pessoais

Por estes motivos, a venda destes dispositivos já é uma tendência para 2021.

4. Clube de assinatura

A tendência é que 2021 seja o ano dos negócios que usem modelos de assinatura. 

O mercado de clubes de assinatura cresceu 10% no Brasil, até setembro de 2020, com previsão de fechar o ano com 12%,  segundo dados da Betalabs publicados na Valor Investe. Isto mostra um avanço impressionante, ainda que estejamos vivendo um cenário de pandemia global.

Os segmentos que mais se destacaram em clubes de assinatura foram:

  • Livros (27%)
  • Bebidas (18%)
  • Alimentos (17%)
  • Cuidados pessoais (12%)
  • Pet (11%)
  • Outros (15%)

Dentre as possibilidades para clubes de assinatura estão os produtos de consumo frequente que o cliente possa receber em casa. Para isso, é importante estudar as tendências e encontrar um nicho de mercado que ainda não foi explorado para abrir seu negócio e faturar com pagamentos recorrentes.

Além disso, outros setores serão tendência para 2021:

  • Venda de produtos vegetarianos e veganos
  • Venda de cosméticos naturais e artesanais
  • Negócios imobiliários
  • Serviço de locação de carros
  • Serviços de TI
  •  Delivery de comida
  •  Infoprodutos

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Escrito por:

Guilherme Soares

Guilherme é engenheiro formado pela Universidade de São Paulo com mestrado em administração de empresas pela London Business School. Guilherme atuou como consultor de estratégia de negócios na Bain & Company e liderou áreas de estratégia comercial e produtos na Latam Airlines Cargo e Cielo. Iniciou na Contabilizei em 2018.

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