Pós-pandemia: Qual o futuro da educação após o Coronavirus?

Neste artigo você vai ver:
- Brasil: Desafios continentais
- Educação exige respostas rápidas
- Educando para o mundo digital
- Educação 4.0
- Adeus carteiras e lousas
- Formação do professor
- A era das Soft Skills
- Muitas formas de aprender
- Instituições à prova
- A educação infantil no pós-pandemia
- Por onde começar?
- Online e off-line tudo junto e misturado
- Diferentes perspectivas, principais mudanças e futuro do cenário nacional
O que há alguns anos já se mostrava como uma tendência, em pouco tempo, revelou-se uma necessidade. Do dia para a noite, com o fechamento físico das instituições de ensino em função da pandemia do novo coronavírus, professores, escolas e universidades em todo o Brasil impuseram-se o desafio de dar continuidade ao processo de ensino-aprendizagem por meio de plataformas digitais. Mais do que gravar aulas em vídeo, os educadores foram instigados a manter o vínculo com seus alunos e promover, ao máximo, a interação social.
Brasil: Desafios continentais
Para um país como o nosso, de extensão territorial continental e de uma diversidade cultural e social igualmente grandiosas, há várias questões que tornam o debate em torno do tema complexo. Além da infraestrutura, o acesso às ferramentas tecnológicas pelos professores e pelos estudantes são questões extremamente desafiadoras. Mas há várias tendências que podem ser destacadas e que poderão contribuir para o desenvolvimento futuro da educação e da ciência no Brasil.
Neste artigo você vai ver:
- Brasil: Desafios continentais
- Educação exige respostas rápidas
- Educando para o mundo digital
- Educação 4.0
- Adeus carteiras e lousas
- Formação do professor
- A era das Soft Skills
- Muitas formas de aprender
- Instituições à prova
- A educação infantil no pós-pandemia
- Por onde começar?
- Online e off-line tudo junto e misturado
- Diferentes perspectivas, principais mudanças e futuro do cenário nacional
Neste cenário de crise que estamos vivendo, a aprendizagem mediada pela tecnologia faz todo o sentido, pois nos exige aprender enquanto estamos com a mão na massa. Há uma infinidade de recursos tecnológicos disponíveis, que possibilitam a interação e a troca de saberes nunca antes imaginada. Daqui para a frente, não há como pensar em uma educação totalmente presencial e desconsiderar todas ricas possibilidades que o digital pode acrescentar.
Educação exige respostas rápidas
No início das medidas de distanciamento social impostas pela pandemia, em março deste ano, muitas instituições de ensino se depararam com o desafio de encontrar uma estratégia para suprir a ausência física/presencial do professor. Mas quantas estavam realmente preparadas?
O bom e velho conhecido jogo de cintura brasileiro entrou em campo. Várias escolas usaram, no início, recursos como mensagens por whatsapp, e-mail e outras ferramentas específicas para enviar vídeo aulas e tarefas aos seus alunos. Mas e a interação? Muitos estudantes sentiram-se perdidos, sem orientação em relação às atividades propostas. Com certeza, as iniciativas mais bem-sucedidas foram as que apostaram na transmissão de aulas online e ao vivo, permitindo a troca e a interação entre alunos e professores. E, claro, com a vantagem de a aula ficar gravada e poder ser revista quantas vezes sejam necessárias para a boa compreensão do conteúdo.

Educando para o mundo digital
Neste contexto, as instituições de ensino que já caminhavam na direção do uso das ferramentas digitais ganharam pontos na contribuição para formar cidadãos capacitados para essa nova Era, o mundo digital. Foram muitos avanços em um curto espaço de tempo – empurrãozinho dado pela pandemia. Momento muito triste e crítico, mas, como diz o ditado – sempre dá para transformar o limão em limonada. E o uso da tecnologia na educação é uma ótima tendência que se estabelece.
Estudantes e professores, rapidamente, se familiarizaram com uso de ferramentas que permitem transmissão de aulas, agrupamento em salas de aulas virtuais para assuntos específicos, envio e recebimento de atividades, calendário, chat e muitos outros recursos de integração com outros aplicativos. É, o futuro chegou mais cedo para algumas escolas.
Educação 4.0
É bastante provável que você já tenha ouvido falar em Educação 4.0 que está relacionada ao conceito da Indústria 4.0, ou quarta revolução industrial. Trata-se da evolução da tecnologia e seu impacto em nosso dia a dia. Conceitos como Internet das Coisas, Inteligência Artificial, Coleta e Análise de dados e outros fazem parte da aplicação da tecnologia às indústrias automatizadas. Isso quer dizer que o empurrãozinho que levamos nesse sentido, com a pandemia, não se esgota por aí. Ao contrário, mais do que nunca, é importante que as instituições de ensino, escolas, universidades, institutos, enfim, preparem-se para formar seus alunos para esse nova realidade.
Com o mundo guiado pela automação e pelo digital, o foco passa ser um aprendizado para essas novas profissões e um gradual abandono daquelas que, em breve, devem se tornar obsoletas.
Mas isso, por si só, já é uma revolução. Pois não se trata de mudar a grade curricular ou incluir novas disciplinas, a Educação 4.0 está baseada no learning by doing, ou seja, que os estudantes devem aprender com a mão na massa e não apenas na teoria. E isso pressupõe uma mudança radical no ambiente escolar que deverá ser muito mais colaborativo e dinâmico.
Adeus carteiras e lousas
O modelo tradicional de sala de aula, com carteiras separadas por filas e o professor à frente de uma lousa, não favorece o dinamismo necessário para a Educação 4.0. Os espaços deverão ser transformados em áreas colaborativas que permitam a interação e a experimentação.
Além do espaço físico e dos equipamentos tecnológicos, talvez a maior mudança seja na abordagem do ensino. E, mais do que nunca, o papel do educador é fundamental. Dele é esperado, principalmente, que instigue, incentive as descobertas de cada um de seus alunos. Ele deixa de ser um repassador de conteúdo para ser um grande orientador.

Formação do professor
Para que a Educação 4.0 seja de fato uma realidade nas escolas brasileiras, um dos principais desafios é apostar na formação de professores preparados para o uso das novas tecnologias e que dominem os conceitos e práticas relacionadas para acompanhar as rápidas inovações.
O educador será provocado a estimular que o seu aluno seja autônomo na construção do conhecimento, que desenvolva o pensamento crítico e a capacidade de solucionar problemas complexos.
Com papel essencial nesse processo, o professor é o grande incentivador das descobertas de cada um de seus alunos. E, além das questões técnicas, as competências socioemocionais são de extrema relevância no contexto da Revolução 4.0. Muito mais do que dominar a tecnologia, a inserção qualificada na era digital se dá pela capacidade de colaboração e adaptação. Habilidades que professores e alunos terão que compartilhar.
A era das Soft Skills
Neste momento em que estamos sentindo, na pele, a necessidade de adaptação em função das alterações em nossas agendas, rotinas em função da pandemia, mais do que nunca, fica claro o quanto é importante desenvolvermos essa capacidade. A adaptabilidade é uma das competências comportamentais desejadas no contexto da Revolução 4.0.
Assim, também os ambientes escolares e universitários deverão favorecer o desenvolvimento dessa e de outras habilidades necessárias, no momento atual, e no futuro que se antecipa com os desafios da crise. Outra competência que se evidencia é a da cooperação.
Professores e alunos serão desafiados a estimular a solução de problemas complexos de forma compartilhada e cooperativa. Os modelos pedagógicos vão, necessariamente, incluir o desenvolvimento dessas competências – o que torna o futuro complexo e instigante – pois não apenas dominar a técnica, a tecnologia são imprescindíveis, desenvolver as competências humanas de cooperação, adaptação e comunicação são condição para a construção de um mundo melhor após a pandemia.
Muitas formas de aprender
Desde agora, as escolas e os professores têm usado muita criatividade para inovar e manter o vínculo com seus estudantes. Esse caminho é irreversível e aponta para o uso de vários meios para que o aprendizado aconteça – aplicativos, jogos, softwares e, claro, os encontros presenciais. Fundamentais para promover a troca de experiências e a discussão dos exercícios práticos o contato do professor com o aluno não deixará de existir – ao contrário, será fortalecido.
No cenário pós-pandemia, a implementação de estratégias didáticas inovadoras vão exigir a criação de espaços multidisciplinares e uso de tecnologias como realidade virtual, realidade aumentada, câmeras 360° e softwares para desenvolvimento de projetos colaborativos. São muitas as opções e, até, o uso de games deverá ser estimulado. Uau, pode ser muito estimulante e desafiador!

Instituições à prova
A transformação da educação depende muito dos estabelecimentos de ensino e de seus gestores. Eles podem começar a implementar mudanças a partir de decisões administrativas tomadas em suas instituições, como o uso da tecnologia na administração da escola, com o uso de softwares de gestão, mecanismos para matrícula e rematrícula online e vários outras iniciativas.
O sistema de avaliação também deverá ser repensado. Gestores escolares em parceria com educadores precisarão repensar as tradicionais notas e migrar para uma avaliação mais focada no desenvolvimento pessoal de cada aluno e de seus interesses.
A educação infantil no pós-pandemia
A educação infantil talvez seja a mais impactada pois as atividades lúdicas e em grupo eram dominantes nas salas de aula até o início da pandemia. Encontrar a medida correta para não expor alunos aos possíveis danos do vírus e manter um ambiente acolhedor e com aprendizado cognitivo integrado, é um grande desafio. Uma das primeiras medidas é garantir a assepsia e segurança das salas de aula e ambientes comuns. Diminuir o número de alunos por turma também passa a ser necessário para que os contatos sejam menos permanentes.
Do ponto de vista do aprendizado, a educação infantil precisa estabelecer os parâmetros de equilíbrio entre presencial e online. A experiência online no período da pandemia fez todos desenvolveram um novo jeito de aprender e ensinar. Alunos, pais e professores através da mediação da internet, criaram, sem grupos teste, uma aula virtual possível. Quando o modelo híbrido for possível, uma nova ordem deve ser estudada e direcionada para todos, de forma a haver equidade para os alunos e nos modelos pedagógicos.
Por onde começar?
Os desafios para a educação brasileira têm sido bastante complexos nesse contexto de pandemia, de instituições fechadas e de diversidade de soluções e realidades existentes no país. Para os que podem surfar na onda que o contexto impulsiona, é hora de ampliar as estratégias rumo à Educação 4.0.
Há várias iniciativas sendo desenvolvidas e que podem contribuir com gestores e educadores, como a plataforma SmartLab, que oferece conteúdos educacionais, integrados e interativos, além da formação continuada de professores.
Outro exemplo interessante de uso da tecnologia na educação é o Micro Bit , criado pela BBC na Inglaterra e utilizado por escolas em todo o mundo. Trata-se de um computador com apenas uma placa que é utilizado para educar crianças e adolescentes em conceitos básicos de computação e programação. O Micro Bit incentiva a criatividade e está sintonizado com um dos pressupostos da Educação 4.0, learning by doing, ou o conhecido mão na massa. As crianças e jovens são convidados a experimentar como a tecnologia pode fazer parte do aprendizado.

Online e off-line tudo junto e misturado
O futuro já começou e nos exige uma abertura muito grande para a inovação e a mudança. Estamos todos convidados a inaugurar uma nova era. Mesmo em meio a tanta tecnologia, não podemos esquecer da nossa condição humana – somos pessoas, com necessidades e dificuldades.
O educador 4.0, mais do que ninguém, precisa estar sintonizado com esses desafios e fomentar a resiliência em seus alunos. Precisamos avançar, usando a tecnologia, para solucionar as questões humanas, respeitar as diversidades e, mais do que nunca, desenvolver as competências socioemocionais.
As máquinas não podem ser um obstáculo para a comunicação e interação, ao contrário, podem ser instrumentos capazes de nos colocar em rede, em modo de funcionamento compartilhado. Ao mesmo tempo que interagem com as novas tecnologias, os professores precisam desenvolver atividades em sala de aula capazes de conectar os mundos físico e digital, o online e o off-line.
O mundo pós-pandemia e a educação sintonizada com os novos desafios já chegou para preparar as crianças e jovens para a vida como ela é: inovadora, conectada, desafiante e compartilhada.

Diferentes perspectivas, principais mudanças e futuro do cenário nacional
Conheça as principais perspectivas para o pós-pandemia sob a ótica das rápidas mudanças que já aconteceram e ainda vão acontecer em todo mundo. O Blog da Contabilizei estudou os cenários e estruturou, neste série, algumas dessas mudanças e consequências. Fique com a gente e desfrute dos conteúdos. Eles foram produzidos especialmente para você:
- Depois do Coronavírus o que vai acontecer com os Serviços Digitais
- Depois do Coronavírus o que vai acontecer na Saúde
- Depois do Coronavírus o que vai acontecer na Economia (em breve)
- Depois do Coronavírus o que vai acontecer nos Investimentos (em breve)
- Depois do Coronavírus o que vai acontecer na Relação das pessoas (em breve)
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Excelente conteúdo e reflexões!